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Dinâmica dos atendimentos no Instituto Gabi é baseada no acolhimento e profissionalismo

Foto do escritor: Ricardo XavierRicardo Xavier




Conheça metodologia das terapias e oficinas que fazem a rotina dos atendimentos





“Quero que meu filho tenha mais autonomia e se sinta útil e produtivo”.

Encaminhados por escolas, postos de saúde, e outros serviços, ou por indicação de pessoas que conhecem bem o trabalho do Instituto Gabi, essas são as motivações comuns entre as pessoas que chegam até a organização. É o que diz Jucymara, coordenadora de atendimento.


A primeira conversa com os cuidadores e a observação das crianças, adolescentes e jovens com deficiência/TEA faz parte de uma avaliação. Procedimento padrão que serve para entender tanto as expectativas quanto as caraterísticas e necessidades de cada um que procura a organização.

Só após essa etapa “o candidato” dá inicio aos atendimentos e participa das diferentes atividades que acontecem de terça a sexta-feira. No período da manhã são individuais com crianças, na maioria com diagnóstico de transtorno do espectro autista/TEA a partir de 3 anos e a tarde em grupo com adolescentes e jovens em formato de oficinas, cuja idade varia de 12 a 40 anos.

Aqueles que entram no Gabi, primeiramente, são ouvidos e convidados a se integrarem com o ambiente. O ponto de partida é a preocupação em garantir que sejam acolhidos e se sintam pertencentes. “Muitas dessas famílias já receberam muitos nãos em relação aos direitos dos seus filhos. Chegar em um local onde são escutadas e conseguem ter atendimento de qualidade para seus filhos lhes traz conforto, segurança, esperança e muita alegria. ” afirma Jucy.

Ao longo do processo terapêutico são acompanhados individualmente. As terapias são realizadas por equipe multidisciplinar. Os profissionais têm encontros semanais para compartilhar experiências, fazer estudo de caso e definir estratégias. Uma delas é o Estimulação Essencial.





Sensorialidade e Cognição





O processo da Estimulação Essencial, no Gabi, é realizado por uma psicóloga; tem como objetivo estimular o desenvolvimento por meio da parte sensorial humana, principalmente, na infância. “A Estimulação Essencial é o princípio básico para que a criança possa ter um desenvolvimento saudável. ́Nela trabalhamos desde a parte cognitiva até a relação de estímulos que ela recebe, que é a questão da percepção, visão, audição, tato e contato, das relações senso motoras e questões sensoriais das crianças.” explica a Fernanda Arruda, Psicóloga e Acompanhante Terapêutica.

Apesar do conceito complexo, em termos simples, o acompanhamento busca desenvolver áreas que tenham algum tipo de deficit com estímulos sensoriais. É o caso, por exemplo, de ensinar a como pedir para usar o banheiro. Parece simples, mas no dia a dia de pessoas com deficiência isso faz muita diferença.

“A gente trabalha a autonomia também. Muitas crianças querem usar o banheiro, mas não conseguem comunicar. Procuramos de alguma forma compreender o que ela está nos pedindo, porque às vezes não vai falar “eu quero ir ao banheiro”, mas ela vai de alguma forma sinalizar. Utilizamos alguns recursos, muitas vezes visuais, para que ela traga uma resposta e possa estar interagindo” esclarece Fernanda.

Na prática a criança entra numa sala neutra, preparada para o procedimento e com diversos recursos. Pode ser dado a ela bolas com diferentes cores e texturas. Ao apertar, jogar, e sentir o brinquedo ela responde de algum modo ao novo estímulo, que nesse caso trabalha a parte tátil. A escolha do tipo de material usado depende do interesse e necessidade: música, quebra-cabeças, brincadeira de pesca, historinhas são variadas as ferramentas usadas.





É um trabalho de investigação e análise do que funciona com cada atendido. O processo pode ser lento. No começo é difícil até se desvincular dos pais durante os atendimentos. Por isso, é fundamental criar um vínculo com a criança, entender o que ela gosta de fazer e criar um espaço de confiança.

“O vínculo é importante para que ela faça [a terapia] de uma forma contínua e natural. Que possa compreender que naquele espaço ela pode estar e sentir-se segura. Que ela possa se sentir motivada; realizando as atividades,” reforça a especialista.

Essa conexão também precisa se estender aos familiares que muitas vezes chegam no Gabi preocupados em que tipo de ambiente os filhos, netos, sobrinhos estão. No instituto o incentivo é que eles também possam transitar pelo lugar e participem, em algum momento, das atividades.

“Não adianta só a criança receber todo um trabalho de estimulação, a família também precisa entender um pouco em que consiste este processo, compreender que as atividades podem ser realizadas também no ambiente doméstico”; afirma Fernanda.

MEU FILHO AMA IR PARA O GABI

A Estimulação Essencial não funciona de maneira isolada, precisa do apoio de todos ao redor da criança para gerar resultados a curto e longo prazo.

Foi o caso do Davi, jovem com Autismo nível três, que no começo resistia ao entrar na sala e não tinha interesse nas atividades propostas. Levou tempo para se sentir a vontade e se desvincular da mãe. Ele não fala, mas foi com o contato com música que conseguiu cantar algumas palavras.

O resultado aparece. Jucy comenta que, após frequentar o Gabi, é unânime o relato: meu filho ama ir para o Gabi, é uma felicidade para gente que é mãe ver eles felizes.





Confira as outras práticas terapêuticas e atividades realizadas no Gabi que farão parte da série Dinâmica do processo de inclusão Instituto Gabi

Fonoaudiologia

A Fonoaudiologia é uma área da saúde que visa diagnosticar, prevenir e tratar distúrbios da comunicação e deglutição. No caso de pessoas com deficiência auxilia no desenvolvimento da linguagem, audição, fala e habilidades de comunicação, por meio de técnicas e exercícios especializados.

Psicopedagogia

A Psicopedagogia identifica e tratr as causas das dificuldades de aprendizagem, com estratégias e métodos personalizados. Auxilia no desenvolvimento cognitivo, emocional e social, visando apoiar a aprendizagem e gerar maior inclusão de crianças, adolescentes e adultos nos processos educacionais.

Musicoterapia

Utiliza elementos musicais, como sons, ritmos e instrumentos, para promover a melhoria da saúde física, emocional e cognitiva.Através da música, são trabalhadas habilidades como expressão emocional, coordenação motora e interação social, favorecendo a inclusão e o bem-estar de PCD/TEA

Educação física

A disciplina visa promover o desenvolvimento físico, cognitivo e socio-afetivo por meio da prática de atividades físicas. No contexto das pessoas com deficiência, a Educação Física é adaptada para proporcionar oportunidades de participação e inclusão em atividades físicas, esportivas e recreativas.

Jogos cooperativos

Por meio de jogos e desafios em grupo, a atividade desenvolve o trabalho em equipe e pensamento estratégico para resolução de problemas. Durante essa oficina os atendidos são estimulados a superar algumas dificuldades, como, por exemplo, levar um objeto com os olhos vendados até determinado local com ajuda de um colega. Todas as tarefas são acompanhadas por profissionais para garantir a segurança de todos.

Sentimentos e emoções

A ideia é promover a compreensão dos sentimos e oportunizar diferentes formas de expressão. Nessa atividade, a psicóloga utiliza dinâmicas, histórias e outras estratégias para contribuir com a manifestação das emoções de cada indivíduo de maneira responsável.

Ritmos, percussão e corpo em movimento

Desenvolve de forma espontânea e lúdica, a musicalidade de crianças e jovens, por meio de vivências em sons corporais e instrumentos percussivos.

Pequenos designers

Aborda os conceitos teóricos e a aplicação prática sobre Design Sustentável nos projetos de objetos e mobiliário de madeira e seus derivados. Tem como objetivos estimular a criatividade, promover contato com a cultura e a arte e ainda fomentar o uso de materiais reutilizáveis



Nayra Teles é estudante de jornalismo da Universidade Anhembi Morumbi e Voluntária do Instituto Gabi

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