Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21/09)Uma data marcada por conquistas e reinvindicações
“Neste ano a jornada de luta da PCD é marcada por um clima de muita preocupação. Era pra ser setembro verde e inclusivo, mas transformou-se em cenário de destruição e desrespeito à vida, tanto na vida humana como na natureza. Vivemos uma verdadeira pandemia de destruição das florestas e do ar”, declara Francisco Sogari, fundador do Instituto Gabi, que há 24 anos promove a inclusão de PCD/TEA.O Brasil tem um marco regulatório dos direitos da PCD que está alinhado aos princípios da convenção internacional e que serve de exemplo para outros países. Mas faltam politicas nacionais de saúde, ou seja, serviços diretamente ligados a deficiência.“Relatos frequentes de famílias atendidas no Instituto Gabi dão conta de que o tempo de espera no atendimento nos serviços públicos de saúde é superior a seis meses. As unidades não possuem profissionais especializados, nem equipamentos necessários”, completa Sogari.
Oportunismo eleitoral
Candidatos a prefeito e vereador se apresentam como defensores da inclusão, de modo especial de PECD/TEA. A realidade vivida por estas famílias clama aos céus. “As escolas não tem estrutura para lidar com nossos filhos atípicos”, afirma Luana, mãe do Miguel, portador do transtorno do espectro autista (TEA) atendido no Instituto Gabi. Ela vive na pele esta realidade de descaso e exclusão. “A luta das famílias de PCD/TEA é por mais respeito e empatia da sociedade. Mas o que vivemos é outra realidade. Estar com seu filho num ambiente é sofrer discriminação por ele ter um comportamento que a sociedade não aceita. É ser julgado o tempo todo, ouvir das pessoas que autismo agora é modo e todo mundo é autista”.
Serviço: www.institutogabi.org.br
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